24 junho 2010

Olha

.Olha
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Olha ,
trago os olhos cansados
abnegados ao quotidiano
e sem vontade de verem além
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Não sei nem preciso ver
todos os becos sem saída
em que nos vamos metendo na vida
sem que se veja á flor da pele
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Basta a aparência das coisas
um azul qualquer sem rancor
ou uma superficie não ególatra
tudo menos traduzir o que vejo
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Porque isto de traduzir
é uma dor relógio prestes a desiludir
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.Borealis in Aurora

07 junho 2010

Amar tracinho te

.Amar tracinho te
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É seres razão e destino
avesso e verso sem fim
fio de marioneta feliz
querer-te como a mim
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É rasura de verbo infinito
mais que não chega a basta
sentido de norte desvirtuado
um só caminho , em ti
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É agua da sede de uma vida
oásis de uma só e unica vez
porque isto do amar assim
é perder todas fronteiras
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É amar tracinho te
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.Borealis in Aurora

04 junho 2010

Para o meu menino

.Para o meu menino
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Repara até onde nos trouxe o caminho
quem diria que chegavamos tão longe
ainda ontem tinhas pernas de palmo e meio
e nelas não aguentavas o corpo franzino
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Quem diria incerteza que chegariamos aqui
vindos de tanta duvida e por vezes angustia
mas eis-nos de mão dada como no primeiro dia
e vê lá tu que ainda não se apagou o sorriso
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Hoje o dia é muito mais teu que meu
porque esta versão em que te fizeste gente crescida
é inversamente proporcional ao seu conteudo
e tu ainda que pequenino tens nos olhos dois mundos
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.Borealis in Aurora

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