28 agosto 2008

Podes ser mais

.Podes ser mais
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Esquece o peso que trazes nos ombros
a condição de mulher e tudo inerente
sê por breves momentos somente tu
e ajuda-me a contar estrelas no ceu
sem que haja um numero a atingir

Esquece a tentação da mais brilhante
ou o aparente pulsar inconstante
procura a menor expressão da luz
para que perceba a sua razão de existir
em dois pares de olhos tão distantes
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Esquece o concreto do aqui e do agora
e parte para a possibilidade de seres mais
para um par de olhos que tu desconheces
mas que vivem a tua ansiedade como sendo sua
noite após noite rezando que não te apagues
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Esquece que já te ensinaram todo impossivel
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.Borealis in Aurora

Acreditar

.Acreditar
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Que importa
se os meus olhos são a tristeza
perguntas-me
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E eu procuro razões
mas a tristeza dos meus olhos
não permitem hipocrisia
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Mas ainda me lembro
de ter uma mão cheia de razões
iam dos sonhos ás estrelas
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Juntas eram avassaladoras
não havia tristeza que resistisse
mas era preciso acreditar
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.Borealis in Aurora

27 agosto 2008

Decrescer

.Decrescer
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Enquanto olho para o teu sorriso
e me deixo embalar pela sinceridade
sinto que tudo em mim é periclitante
não tenho a certeza de ser dono de mim
vendi-me aos compromissos mundanos
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Aprendi a manha do interesse egoista
os enredos tipicos de todos umbigos
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.Borealis in Aurora

Longe

.Longe
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Tu
estás longe
tão longe que para te ver
tenho de imaginar que não estás diante de mim
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Preciso esquecer
a tua expressão de queria estar em todo lado
menos aqui
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.Borealis in Aurora

26 agosto 2008

Por enquanto

.Por enquanto
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Agora que sabes
que o para sempre acaba
não chores mais
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Esquece quem não te ama
porque mais adiante
há quem espere por ti
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Quem te queira
ainda e sempre flor
num sonho primaveril
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E acredite
nos amores por enquanto
enquanto for amor
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.Borealis in Aurora

25 agosto 2008

Os problemas de quem não tem problemas

.Os problemas de quem não tem problemas
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A cor da roupa
que pela manhã parece não a ter
o corpo que engordou com os sonhos
e os malditos sapatos sempre iguais
todos vão reparar nos malditos
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A triste chave que se agarra á ignição
suplicando a experiência subliminar
de um dia acordar o melhor carro da rua
como será fazer inveja a todos ?
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O caminho do costume com o espirito de sempre
nunca mais inventam a saída antes da chegada
como será ter um quinhão deste mundo
e poder gasta-lo no minuto seguinte
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Poder por uma vez tirar a ironia ao sorriso
e lá do fundo onde só costuma vir tristeza
vem um grito de revolta quero o resto do mundo
para gasta-lo tambem nos minutos seguintes
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Que vida miserável e tão parecida com as demais
pior só mesmo ter calçado um sapato de cada cor
ou então aparecer-me um daqueles pedintes nojentos
uma moeda....tristes não sabem pedir mais...
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.Borealis in Aurora

17 agosto 2008

Tudo que falta

.Tudo que falta
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Pensar
que uma mão cheia de barro
bastou para nos moldar
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E assim
nasceu a primeira pergunta
porquê oco ?
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.Borealis in Aurora

15 agosto 2008

Sentir

.Sentir
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Vê bem ,
quem diria
nós agora
aqui
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Nesta condição
eu feito palavra
e tu tradução
...vê bem
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Pergunto-me
se sentes o carinho
quando tento descreve-lo
nas letras

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A que te sabe
a palavra beijar ?
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.Borealis in Aurora

14 agosto 2008

Fio de Água

.Fio de água
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Como pode ser
ter tanta sede
toda hora , todo dia
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Eu deserto
me confesso árido
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.Borealis in Aurora

Podiamos

.Podiamos
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Esquecer a proxima ansiedade
parar com este vicio tremendo
de querermos mais
para atingirmos o impossivel
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Podiamos virarmo-nos do avesso
para que se visse o quanto estamos minados
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.Borealis in Aurora

13 agosto 2008

Entender

.Entender
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Entende ,
não podes mudar o que veio
do principio até ao agora
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Se ao olhares para dentro de ti
sentires uma profunda tristeza
ou um misto de vergonha e revolta
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Entende ,
a ultima chance de mudar tudo
é do agora até ao fim
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.Borealis in Aurora

12 agosto 2008

Remissão

.Remissão
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O mundo deu mais uma volta
e a ansiedade renasce em mim
será na próxima ?

O sol descreveu a trajectória
indiferente á convicção generalizada
de que nasceu para esse sufoco
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As horas passaram pelo pulso
e todas as palavras foram
do ainda até ao já
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Hoje foi o lapso de tempo
que deu algum sentido ao ontem
o amanhã a possivel remissão dos dois
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.Borealis in Auror

11 agosto 2008

Equivoco

.Equivoco
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Num modo simples e concreto
precisava dizer-te tudo que não quero
e já sei que não me quero
motivo do teu querer
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.Borealis in Aurora

A validade das palavras

.A validade das palavras
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Agora que o tempo passou
e o teu nome não é uma ferida aberta
posso finalmente encontrar em mim
um lugar para te esquecer
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Talvez com o passar dos anos
um dia por um qualquer acaso
eu consiga sorrir verdadeiramente
pensando como é vão o amor
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Mas por enquanto custa aceitar
que podendo optar pelo bem querer
haja quem escolha o querer-se
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.Borealis in Aurora

07 agosto 2008

Vem meu bem

.Vem meu bem
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Vem sabor infinito
lembrar-me a tua boca
e aquele jeito tão teu
de calar-me as duvidas
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A noite que nos desnuda
vem mansinha enlear-nos
na valsa carinhosa dos corpos
que gritam amor eterno
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Um momento de perdição
lembra-nos que podemos ser mais
basta perdermos este jeito
de constante consciência
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Basta fechar os olhos ao mundo
e despertar para o sonho.
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.Borealis in Aurora

06 agosto 2008

Amnésia

.Amnésia
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Como se chega a esta indiferença
que deserto foi preciso atravessar
para te recordar com este desdém
de actriz secundária
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Lapso temporal da memória
do qual resta um amargo de boca
quando o teu nome desponta
confundindo verdade com mentira
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É isto que resta de ti
uma mão cheia de quase
e outra de nada
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.Borealis in Aurora

04 agosto 2008

Sarinha

Sarinha
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Fala-me das vinte e quatro horas
dos minutos que contas no pensamento
como se tivesses pressa do amanhã
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Fala-me dos pormenores desmesurados
em que por vezes te vês perdida
dizendo teus os labirintos infindáveis
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Diz-me onde paira agora o teu olhar
que cegueira é essa no teu peito
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.Borealis in Aurora

Amortematica

.Amortematica
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E eu ,
queria tanto
que estivesses aqui
para sermos mais
é esta a matemática
a lógica dos numeros
quente e dérmica
um par , um sonho
os dois
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.Borealis in Aurora

Lapso Mor

.Lapso mor
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Não percebo
a distancia que vai do até sempre
até ao já não gosto de ti
malfadada apologia da circunstancia
que no pranto da duvida
seduz a boca
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Para a cobardia só é preciso
um mas eu ainda gosto de ti
ou um abraço receoso do contacto
por certo um quase beijo
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.Borealis in Aurora

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