O teu olhar

.O teu olhar
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É nos teus olhos
que eu percebo o quanto de mim se apagou
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É neles
que eu percebo o custo das concessões
as vezes em que a mentira foi sacrificada
quanto é preciso dar para sonhar receber
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Os teus olhos
fazem-me perceber porque tive inocência nos meus
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.Borealis in Aurora

Agora

.Agora
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Enquanto não é tarde
vem lá da tua intransigência
dizer-me o quanto desesperas
o assombro da minha ausência
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Diz-me ainda que seja com rancor
como pronuncias o meu nome pela noite
sussurra ao meu ouvido as lágrimas
o quão vazios eram os dias
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Acorda-me do entorpecimento
grita que ainda vale a pena gritar
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.Borealis in Aurora

Conto de Natal

.Conto de Natal
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O frio ,
que deve ir nos corações
para eu neste corpo franzino
conhecer um unico sonho ,
não ter fome amanhã
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O frio ,
desolador dos meus olhos
desespera entender a compaixão
mas os dias esgotam-se
assim como os momentos sem dor
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O frio ,
daqueles que fecham os olhos
e fingem não me ver lá do seu mundo
porque existe a lógica dos numeros
a sorte dos poucos e o azar de tantos
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O frio ,
da minha razão ficar embargada
porque ao contrário de outras vozes
toda a revolta que paira na minha boca
neste momento só consegue gritar , pão
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.Borealis in Aurora

Partir

.Partir
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Desde que partiste
conheci a profundidade da dor
e aprendi a não ter certezas
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Tive tempo para os pormenores
com quantos dias se escreve solidão
o infinito da palavra porquê
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.Borealis in Aurora

O frio que faz na tua ausência

.O frio que faz na tua ausência
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Quando me lembro do teu calor
há uma parte de mim a viver o passado
e um sorriso fecha-me os olhos
como se o ontem fosse agora
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Lembro-me de ti disposta a mim
a forma inequivoca do sim
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.Borealis in Aurora

Vitalmática

.Vitalmática
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Conta comigo os dias
diz-me se estamos a somar ou a subtrair
um dia a mais ou a menos na minha duvida
depende da tua certeza
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.Borealis in Aurora