.Porquê
.
.
.
Há os que não sonham
e tudo está acordado neles
entendem como funciona o mundo
a razão e os processos obscuros
imposições e outras artimanhas
a lógica dos estratagemas
.
Mas não conseguem perceber
o porquê de uma casa à beira mar
pois premente é garantir mais um dia
mais depressa na pressa imensa
carregar no azul até ser mais azul
devorar este e outros mundos
.
Nunca o porquê de uma casa à beira mar
.
.
.
.
.Borealis in Aurora
Sou um processo que obrigatoriamente procura o seu término. E saber-me assim é querer-me melhor neste caminho para o fim .
30 novembro 2006
Porquê
.Porquê
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Há os que não sonham
e tudo está acordado neles
entendem como funciona o mundo
a razão e os processos obscuros
imposições e outras artimanhas
a lógica dos estratagemas
.
Mas não conseguem perceber
o porquê de uma casa à beira mar
pois premente é garantir mais um dia
mais depressa na pressa imensa
carregar no azul até ser mais azul
devorar este e outros mundos
.
Nunca o porquê de uma casa à beira mar
.
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.Borealis in Aurora
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Há os que não sonham
e tudo está acordado neles
entendem como funciona o mundo
a razão e os processos obscuros
imposições e outras artimanhas
a lógica dos estratagemas
.
Mas não conseguem perceber
o porquê de uma casa à beira mar
pois premente é garantir mais um dia
mais depressa na pressa imensa
carregar no azul até ser mais azul
devorar este e outros mundos
.
Nunca o porquê de uma casa à beira mar
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.Borealis in Aurora
29 novembro 2006
Sombra
.Sombra
.
.
.
.
Não tenho essa chama
que alenta a necessidade d´outrem
percorre-me uma linha abstracta
e uma importancia assaz pobre
.
Sou a minha própria sombra
.
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.Borealis in Aurora
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Não tenho essa chama
que alenta a necessidade d´outrem
percorre-me uma linha abstracta
e uma importancia assaz pobre
.
Sou a minha própria sombra
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.
.Borealis in Aurora
Semântica
.Semântica Animal
.
.
.
Os nossos corpos deitam-se
e mais uma vez nós vamos junto
assistir ao ritual da conquista
nas noites em que somos menos
.
Virá o estertor do cumulo
seguido das perguntas sem resposta
.
.
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.Borealis in Aurora
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Os nossos corpos deitam-se
e mais uma vez nós vamos junto
assistir ao ritual da conquista
nas noites em que somos menos
.
Virá o estertor do cumulo
seguido das perguntas sem resposta
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.Borealis in Aurora
28 novembro 2006
amargor
.Amargor
.
.
.
Somos o projecto de uma dor a prazo
enquanto o torpor da indiferença embala
a aproximação simulada dos nossos lábios
.
No preciso local onde nascem as promessas
me darás a conhecer as mentiras
.
.
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.Borealis in Aurora
.
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Somos o projecto de uma dor a prazo
enquanto o torpor da indiferença embala
a aproximação simulada dos nossos lábios
.
No preciso local onde nascem as promessas
me darás a conhecer as mentiras
.
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.
.Borealis in Aurora
25 novembro 2006
Amor
.Amor
.
.
.
Agora terminado o verão
já podemos ter ansia de morangos
e sonha-los escondidos na folhagem
esperando pelas nossas mãos
.
Ainda recordo o vermelho rubro
que antecede a sua entrega total
aquele diluvio de sabor nos sentidos
breve momento de alma intensa
.
Precisamos da escassez dos frutos
para os desejarmos verdadeiramente
.
.
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.Borealis in Aurora
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Agora terminado o verão
já podemos ter ansia de morangos
e sonha-los escondidos na folhagem
esperando pelas nossas mãos
.
Ainda recordo o vermelho rubro
que antecede a sua entrega total
aquele diluvio de sabor nos sentidos
breve momento de alma intensa
.
Precisamos da escassez dos frutos
para os desejarmos verdadeiramente
.
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.Borealis in Aurora
24 novembro 2006
Dislate
.Dislate
.
.
.
.
Deixemo-nos de ficção corpórea
somos a mais profunda carência
perenes nesta sensaçao de metade
.
O desespero de sermos parte
a quem é proibido almejar o todo
leva-nos ao dislate nas atitudes
.
Queremos mais de não sabemos quê
.
.
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.Borealis in Aurora
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Deixemo-nos de ficção corpórea
somos a mais profunda carência
perenes nesta sensaçao de metade
.
O desespero de sermos parte
a quem é proibido almejar o todo
leva-nos ao dislate nas atitudes
.
Queremos mais de não sabemos quê
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.
.Borealis in Aurora
23 novembro 2006
Descrever
.Descrever
.
.
.
.
Não se esgota na palavra
o sentido anverso da prosa
existe a incógnita do pensamento
até onde se lê a verdade
.
O cerne situa-se na duvida
essa centelha vitrea de quem lê
.
.
.
.Borealis in Aurora
.
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Não se esgota na palavra
o sentido anverso da prosa
existe a incógnita do pensamento
até onde se lê a verdade
.
O cerne situa-se na duvida
essa centelha vitrea de quem lê
.
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.
.Borealis in Aurora
Terminar
.Terminar
.
.
.
Que duvida ainda persiste ?
estar aqui é uma condicionante a prazo
de nascente a poente vai o desequilíbrio
por muito que se adultere a verdade
.
O tempo vai convencido da razão
ora nos embala no enredo da imortalidade
ora ensina a contagem decrescente
e numa temida liberdade , finda
.
A tudo isto acresce o arrependimento
.
.
.
.
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.Borealis in Aurora
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Que duvida ainda persiste ?
estar aqui é uma condicionante a prazo
de nascente a poente vai o desequilíbrio
por muito que se adultere a verdade
.
O tempo vai convencido da razão
ora nos embala no enredo da imortalidade
ora ensina a contagem decrescente
e numa temida liberdade , finda
.
A tudo isto acresce o arrependimento
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.Borealis in Aurora
20 novembro 2006
Quarto crescente
.Quarto crescente
.
.
.
Se eu fechar os olhos
consigo sentir a maresia
e as ondas dos teus cabelos
a quebrarem-se nos meus dedos
.
A saudade é uma maré cheia
perguntando à luminiscência lunar
para quando um quarto crescente
.
.
.
.Borealis in Aurora
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Se eu fechar os olhos
consigo sentir a maresia
e as ondas dos teus cabelos
a quebrarem-se nos meus dedos
.
A saudade é uma maré cheia
perguntando à luminiscência lunar
para quando um quarto crescente
.
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.Borealis in Aurora
Perdoar
.Perdoar
.
.
.
.
Já não és a ferida ao rubro
nem o lamento encravado na garganta
longe vão os dias da tua omnipresença
e as lágrimas de quem vivia para te ver
.
Não acontece mais aquela minha arrítmia
o ceu não voltou a ser azul como outrora
mas o tempo veio de mansinho perdoar-te
agora resta trocar a mágoa pela liberdade
.
Quebraram-se os fios da tua marioneta
.
.
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.Borealis in Aurora
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Já não és a ferida ao rubro
nem o lamento encravado na garganta
longe vão os dias da tua omnipresença
e as lágrimas de quem vivia para te ver
.
Não acontece mais aquela minha arrítmia
o ceu não voltou a ser azul como outrora
mas o tempo veio de mansinho perdoar-te
agora resta trocar a mágoa pela liberdade
.
Quebraram-se os fios da tua marioneta
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.Borealis in Aurora
18 novembro 2006
Ode Maritima
.Ode Maritima
.
.
.
Hoje ,
apetecia-me sentar nos rochedos
e gritar umas quantas perguntas ao mar
mesmo tendo a certeza do monólogo
ia saber bem interpretar as ondas
que indiferentes a tudo não desistem
.
Convictas que chegar à praia é renascer
.
.
.
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.Borealis in Aurora
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Hoje ,
apetecia-me sentar nos rochedos
e gritar umas quantas perguntas ao mar
mesmo tendo a certeza do monólogo
ia saber bem interpretar as ondas
que indiferentes a tudo não desistem
.
Convictas que chegar à praia é renascer
.
.
.
.
.
.Borealis in Aurora
Aprender
.Aprender
.
.
.
.
Eis que os nossos mundos
procuram as suas fronteiras
e nesse processo territorial
virão umas quantas lágrimas
.
Ora serei eu que sufoco
ou tu que precisas de espaço
haverá concessão de orgulho
e do pouco que nos ensinaram
.
Aprenderemos à custa da dor
que um passo atrás adianta
assim como a pressa atrasa
o dia a dia dirá de sua justiça
.
O tempo tratará de tudo
vergará o aço da nossa convicção
até as arestas serem curvas
e nós seremos o centro dos extremos
.
.
.
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.Borealis in Aurora
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Eis que os nossos mundos
procuram as suas fronteiras
e nesse processo territorial
virão umas quantas lágrimas
.
Ora serei eu que sufoco
ou tu que precisas de espaço
haverá concessão de orgulho
e do pouco que nos ensinaram
.
Aprenderemos à custa da dor
que um passo atrás adianta
assim como a pressa atrasa
o dia a dia dirá de sua justiça
.
O tempo tratará de tudo
vergará o aço da nossa convicção
até as arestas serem curvas
e nós seremos o centro dos extremos
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.Borealis in Aurora
16 novembro 2006
Bem-me-quer
.Bem-me-quer
.
.
.
.
Perdoa-me ,
mas restam poucas palavras
e eu já cheguei a este ponto
de achar que tudo é implícito
.
Já não dou passos em vão
se vou pelo teu caminho
é porque tenho esperança
que um dia seja meu tambem
.
Há este interesse intrínseco
de querer o melhor para mim
pois eu preciso estar ínteiro
para te pertencer metade
.
.
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.Borealis in Aurora
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Perdoa-me ,
mas restam poucas palavras
e eu já cheguei a este ponto
de achar que tudo é implícito
.
Já não dou passos em vão
se vou pelo teu caminho
é porque tenho esperança
que um dia seja meu tambem
.
Há este interesse intrínseco
de querer o melhor para mim
pois eu preciso estar ínteiro
para te pertencer metade
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.
.
.
.Borealis in Aurora
Quando tu não estás
.Quando tu não estás
.
.
.
Há esta sensação de vazio
falta uma peça de xadrez na minha vida
é a mesma sensação de xeque-mate
que me leva a abandonar o tabuleiro
.
Não faz sentido a proxima jogada
.
.
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.Borealis in Aurora
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Há esta sensação de vazio
falta uma peça de xadrez na minha vida
é a mesma sensação de xeque-mate
que me leva a abandonar o tabuleiro
.
Não faz sentido a proxima jogada
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.Borealis in Aurora
15 novembro 2006
Minimal
.Minimal
.
.
O pouco que somos
não permite muita ilusão
temos os passos contados
o nosso longe é já ali
.
Ao virar de uma vida
.
.
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.Borealis in Aurora
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O pouco que somos
não permite muita ilusão
temos os passos contados
o nosso longe é já ali
.
Ao virar de uma vida
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.Borealis in Aurora
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