16 março 2007

Novamente

.Novamente
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De novo
a brisa rasando o trigo
o aroma de terra fértil
inebriando os sentidos
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O frenesim na colmeia
contrastando com a ribeira
que de seca segue agora mansa
como se fosse dar a ultima gota
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A quietude a meio da tarde
onde ninguem quer dar sombra
as portas sempre entreabertas
não sabendo se o calor entra ou sai
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As crianças no sono leve
para poderem despertar de imediato
porque há uma bola á espera no pátio
e um amigo que por eles desespera
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O encontro dos mais velhos
debaixo do sobreiro no largo da aldeia
assistindo ás diabruras dos seus netos
perdoando-as como se fossem suas
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As pessoas que na azáfama para jantar
deixam que o horizonte fique para lá das janelas
esquecendo a beleza dos fins de tarde
o fogo que não aquece nem arde
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.Borealis in Aurora

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