12 julho 2020

Ode a Nada


Ode a Nada
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Agora que somos o estertor
Pergunto me o que nos trouxe aqui
Terá sido um amor que não chegou
Ou porventura partiu cedo demais
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Agora que não passamos de migalhas
Juntemos o pouco que resta do pouco
E deixemos que a réstia seja memoria
Para eu poder ir lá atrás lamentar
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Agora quando vier de lá a solidão
Irei dar poiso ao silêncio arrependido
Todas as perguntas órfãs de resposta
E a culpa além de maldita, só minha
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Agora há que polir o arrependimento
Acreditar que a razão era pérfida
Enaltecer te em modos superlativos
Para não cair no erro de me perdoar
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Agora que traçamos caminho para ti
Pergunto me quando serás nada
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.Borealis in Aurora

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